A PQT-U é a associação dos fármacos rifampicina, dapsona e clofazimina. Este esquema terapêutico foi oficialmente adotado no Brasil em 2021 pela Portaria SCTIE/MS nº 71 de 2018 e Nota Técnica nº 16/2021, que orientou a ampliação do uso da clofazimina para a hanseníase paucibacilar (PB). Anteriormente, os casos PB utilizavam apenas rifampicina e dapsona.
O diagnóstico da hanseníase na APS é essencialmente clínico. O médico da unidade básica é o responsável pela confirmação diagnóstica de casos suspeitos e início do tratamento. A suspeita diagnóstica ocorre pela presença de pelo menos um dos sinais cardinais: lesão(ões) e/ou área(s) da pele com alteração de sensibilidade; espessamento de nervo periférico associado a alterações sensitivas, motoras ou autonômicas; ou baciloscopia positiva.
O exame físico deve incluir a inspeção da pele e a avaliação dos troncos nervosos, com realização de testes de sensibilidade e avaliação neurológica simplificada (ANS). Em caso de dúvida diagnóstica, o paciente deve ser encaminhado para referência em dermatologia.
A duração do tratamento de hanseníase depende da classificação operacional do paciente em Paucibacilar (PB) ou Multibacilar (MB), sendo a única diferença de tratamento entre eles – mesmo esquema com três medicações.
A cada 28 dias, o paciente comparece à UBS para nova receita (nova cartela), esclarecer dúvidas e apoiar o paciente durante o tratamento, orientar sobre a dose autoadministrada e os efeitos esperados da PQT e agendar a próxima consulta com o intervalo de 28 dias no cartão de aprazamento.
Poliquimioterapia Única para ADULTOS - 1 dose supervisionada e 27 doses autoadministradas
Fonte: Hanseníase na Atenção Básica - Tratamento (UNA-SUS) 2014
Autor: Letícia de Paula Palmeira
Data: 04/06/2025